A Prefeitura de São Luís promoveu, nesta segunda-feira (6), na Associação Comercial do Maranhão (ACM), a solenidade de abertura da segunda a 2ª edição do programa Canteiro Escola. A iniciativa é fruto da parceria com a iniciativa privada e promove capacitação de mão de obra para conservação dos bens culturais e históricos de São Luís.
Na primeira edição do Canteiro Escola, toda a fachada do Mercado das Tulhas foi recuperada e, desta vez, dois importantes prédios históricos da capital foram escolhidos para serem revitalizados. O Palácio Arquiepiscopal, que abriga o Museu de Arte Sacra, e o Palácio do Comércio, sede da Associação Comercial do Maranhão. Ambos terão os rebocos, pintura externa, assim como as esquadrias em madeira, grades e os gradis/guarda-corpos recuperados.
Selecionados
Durante os cerca de sete meses de duração do projeto, os 60 alunos selecionados por meio de edital, receberão bolsa-auxílio de R$ 300,00, além de alimentação, vale-transporte, fardamento e, na conclusão do curso, o certificado emitido pelo Senai. Todos eles vão contribuir com a recuperação dos prédios por meio de capacitação teórica e prática nos cursos de pintor de obras imobiliárias e pedreiro de revestimento.
Palácio do Comércio
O Palácio do Comércio, importante edificação da arquitetura art déco, foi inaugurado em 1943 para abrigar a sede da Associação Comercial do Maranhão e o Hotel Central, uma referência nos anos 1950. Alguns de seus ambientes sofreram algumas alterações com reformas e adaptações para outros usos, mas ainda é possível notar sua construção original nos últimos pavimentos.
Atualmente, o térreo possui lojas diversificadas, ocupando ambientes da fachada, além do hall da recepção da Associação Comercial e de um auditório, com mobiliário de época.
Palácio Arquiepiscopal
O Palácio Arquiepiscopal, ao lado da Catedral de Nossa Senhora da Vitória, compõe um conjunto arquitetônico de importante valor histórico e artístico. Construído no século XVII, é um dos mais simbólicos monumentos do Centro Histórico de São Luís.
Edificado em 1627 pelos jesuítas para sediar o Colégio e Igreja de Nossa Senhora da Luz, este imponente conjunto foi palco da história do Maranhão por meio da ação de homens da grandeza dos padres Antônio Vieira e João Felipe Bettendorf.
A partir de 2014, o segundo pavimento do Palácio Episcopal passou a abrigar o Museu de Arte Sacra, buscando apresentar o processo histórico de colonização e ocupação do território maranhense, iniciado no século XVII, com um acervo de objetos de arte sacra e arte jesuíta.
Com Fundação Municipal de Patrimônio Histórico.