Vem Comigo: atraso na fala em crianças, sinais de alerta e quando buscar ajuda profissional

Vem Comigo: atraso na fala em crianças, sinais de alerta e quando buscar ajuda profissional
Foto: reprodução/TV Cidade | RECORD.

O programa "Vem Comigo" desta quinta-feira (26) abordou um tema que gera grande preocupação entre pais e responsáveis: o atraso na fala em crianças. Para esclarecer dúvidas cruciais sobre o assunto – como identificar os sinais de alerta e o momento certo para procurar ajuda – a atração recebeu a fonoaudióloga Luciléia Ferreira, que atua na Clínica Equilíbrio, em São Luís. Segundo a especialista, embora nem todo atraso na fala signifique um transtorno, a avaliação profissional é fundamental. "A criança deve seguir o marco do desenvolvimento da linguagem", explica Luciléia.

Confira os marcos importantes:

  • Até 6 meses: Balbucios e intenção de fala (ainda que desorganizada).
  • Até 1 ano: Já consegue falar "mamãe", "papai", "neném", "não", "água", entre outras palavras, dependendo do ritmo individual.
  • Até 1 ano e meio: Vocabulário pode chegar a 20 palavras.
  • Até 2 anos: Já deve estar juntando palavras, formando pequenas frases como "Mamãe, eu quero" ou "Me dá a bola".
  • Com 3 anos: Formação de frases mais complexas, vocabulário rico e fala mais compreensível.

Se a criança de um ano e meio ainda não fala ou apenas aponta para o que quer, é um forte indicativo para buscar ajuda profissional.

Sinais de alerta e o processo de investigação

Ao receber um caso de atraso na fala, a fonoaudióloga inicia uma investigação abrangente. Fatores como a estimulação em casa (interação dos pais com a criança), se a criança frequenta a escola ou parquinho, e se ela compreende comandos simples como "pega a bola" são analisados.

A audição também é um ponto crucial. Exames como o teste da orelhinha, audiometria podem ser solicitados para descartar perdas auditivas ou dificuldades de compreensão.

Luciléia Ferreira destaca que muitos casos de atraso na fala são decorrentes da falta de estímulo. "A criança que fica em casa com a babá, a criança que fica na tela, a criança que não tem estímulo para falar... ela quer água, ela aponta para a geladeira, a mãe vai lá e dá. Tem que vir esse estímulo de casa", alerta a fonoaudióloga. É essencial que os pais nomeiem objetos, repitam palavras e incentivem a verbalização constantemente.

Assista abaixo a entrevista na íntegra:

Fique ligado! O Balanço Geral MA, com Ailton Nunes, vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir de 11h50, pela TV Cidade | RECORD.

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