A capital São Luís amanheceu nesta quarta-feira (16) sem nenhum ônibus circulando pelas ruas e avenidas. A decisão de paralisar as atividades ocorreu após assembleia geral realizada pelos rodoviários. Eles reivindicam reajuste salarial e a manutenção dos empregos dos cobradores de ônibus.
O Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região determinou que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Maranhão (Sttrema) mantenha 80% da frota do transporte público na Região Metropolitana de São Luís em circulação durante a greve que foi deflagrada nas primeiras horas desta quarta.
As decisões liminares são do desembargador Luiz Cosmo da Silva Junior, que atendeu a um pedido do Município de São Luís, e da desembargadora Solange Cristina Passos de Castro, após requerimento do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET).
Caso não cumpra o mínimo de 80% da frota do transporte público em circulação na Região Metropolitana de São Luís ou faça algum protesto como a circulação de veículos sem cobranças de passagens, "Operação Tartaruga, barricadas nas portas de garagens ou impedir rodoviários que não queiram aderir ao movimento grevista, o Sttrema pagará uma multa diária de R$ 50 mil.
Em nota, a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou que o Município de São Luís vem cumprindo o acordo firmado em novembro do ano passado com os sindicatos dos empresários e rodoviários, no repasse do auxílio emergencial ao sistema de transporte público, no valor de R$ 4 milhões mensais.
A SMTT também informa que o auxílio emergencial foi prorrogado por mais dois meses (fevereiro e março), totalizando R$ 20 milhões ao setor em cinco meses. Desse modo, espera-se o entendimento entre trabalhadores e empresários para o fim da paralisação.