Mais de 50% do Maranhão mantém cobertura nativa; 11 espécies de plantas estão ameaçadas de extinção

Mais de 50% do Maranhão mantém cobertura nativa; 11 espécies de plantas estão ameaçadas de extinção
Foto: reprodução/TV Cidade | RECORD.

O Inventário Florestal Nacional (IFN), divulgado durante a Caravana Federativa do Governo Federal em São Luís, revela que mais de 50% da área do Maranhão ainda preserva sua cobertura florestal natural. O estado, que é um ponto de transição de biomas, abrange a Amazônia, o Cerrado e a Caatinga, o que ressalta a importância de suas florestas para a biodiversidade e o equilíbrio ecológico.

A conservação das florestas vai além da questão ambiental e está diretamente ligada à economia e ao bem-estar das comunidades locais. Segundo especialistas, a "floresta em pé" oferece serviços ecossistêmicos essenciais, como a extração de matéria-prima, produção de alimentos e uso de recursos como a lenha para construção e subsistência.

Um exemplo é o trabalho das quebradeiras de coco babaçu, que realizam uma economia circular no Maranhão, gerando renda e fortalecendo as tradições locais. No entanto, o estudo também aponta a necessidade de maior assistência técnica e capacitação para as populações rurais, muitas vezes negligenciadas pelo poder público.

As florestas também têm um papel crucial no combate às mudanças climáticas. A vegetação atua na retenção de dióxido de carbono (CO2​). Quando áreas de floresta são desmatadas ou queimadas, esse gás é liberado na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global.

Desafios e necessidade de políticas públicas

Embora o dado de 51% de cobertura florestal preservada seja positivo, o Inventário também traz um alerta. A pesquisa revela que 11 espécies de plantas no Maranhão estão ameaçadas de extinção, incluindo o amarelão, o jutaí e o cravo-do-maranhão. Esse cenário, para especialistas, pode ser revertido com a implementação de políticas públicas eficazes. O primeiro passo é a catalogação e a criação de programas de preservação para essas espécies.

Outro ponto de preocupação levantado pelo estudo é o desconhecimento da população sobre os órgãos ambientais. Cerca de 37% das pessoas entrevistadas no estudo não souberam identificar as instituições responsáveis pela proteção do meio ambiente, o que evidencia uma distância entre o poder público e as comunidades que vivem e dependem da floresta.

Mais informações na reportagem de Junior Pereira, para a TV Cidade | RECORD.

Assista abaixo:

Fique ligado! O Balanço Geral MA, com Ailton Nunes, vai ao ar de segunda a sexta-feira, a partir de 11h30, pela TV Cidade | RECORD.

 

 

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